Componentes Químicos,

A detergência nos Shampoos.

18:30:00 Lucy Viana 0 Comments

A detergência nos Shampoos.

Olá meninas!

Todas já estão carecas de saber que a maioria dos shampoos, tem detergência suficiente pra:
  • Limpar sem agredir;
  • Dosar proteínas sem exceder o que o cabelo precisa;
  • Higienizar sem retirar colorações e outras químicas feitas no fio.

O Mito

A ANVISA já declarou a veracidade de informações como aquela em que se falava sobre a carcinogenicidade, relacionada aos compostos lauril sulfato de sódio e lauril éter sulfato de sódio, assim com o objetivo de esclarecimento com base em publicações científicas relevantes e reconhecidas internacionalmente, foi implementada uma comissão composta por membros da CTAC (Comissão Técnica de Assessoramento na Área de Cosméticos) para a emissão de um parecer que apresente os dados encontrados na literatura científica.

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Os tensoativos
O lauril sulfato de sódio, designação genérica empregada para o Dodecil Sulfato de Sódio, é um composto orgânico devidamente registrado no Chemical Abstract Service (CAS) sob o número 151-21-3. O Lauril Éter Sulfato de Sódio apresenta, como registro de CAS, o número 1335-72-4.
Estes compostos vêm sendo usado ao longo dos anos para diferentes finalidades e usos distintos a saber, banhos de espuma, cremes emolientes, cremes depilatórios, loções para mãos, xampus, dentifrícios, além de produtos saneantes (detergentes domissanitários). Este uso tem sido motivado em razão das suas propriedades detergente, molhante, espumógena, emulsificante e solubilizante. Cabe ressaltar que estas características são comuns à todos os tensoativos e não somente aos dois em questão.
Alguns tensoativos apresentam potencial de irritação à pele, no entanto, em formulações cosméticas, essa característica pode ser atenuada em função da concentração utilizada, da associação entre os mesmos, bem como das características da formulação pretendida para o produto final.
Dados de literatura
Após detalhadas buscas bibliográficas realizadas no MEDLINE, TOXILINE e National Toxicology Program, não foi encontrada, até a presente data, nenhuma publicação sugerindo que estes tensoativos fossem dotados de atividade carcinogênica.
Os alquil-sulfatos, classe à qual pretencem o LSS e o LESS, foram estudados juntamente com outras classes de tensoativos, quanto ao potencial carcinogênico após administração oral em água e alimentação. Nenhum desses experimentos indicou aumento do risco de câncer após a ingestão oral.
Conclusão
1 - Os dados propagados pela Internet não apresentam as publicações científicas que sustentam as afirmações feitas;
2 - Lauril sulfato de sódio, lauril éter sulfato de sódio, lauril sulfato de amônio e lauril éter sulfato de amônio, não constam da lista de produtos carcinogênicos do National Toxicology Program (Maio/2000) e nem do IARC - International Agency for Research on Câncer (Março/1999), este último, laboratório criado pela Organização Mundial da Saúde, sediado na França;
3 - Em documento do CIR (Cosmetic Ingredient Reviews), publicado no JACT 2(7) (1983), o lauril sulfato de sódio e o de amônio foram seguros para uso em produtos de enxágüe imediato (rinse-off). Entretanto, para produto que permanecem em contato prolongado com a pele, isto é, não enxaguados imediatamente após aplicação (leave-on), recomendou-se que a concentração não exceda 1% (um por cento), em função da característica irritante dos tensoativos;
4 - No JACT 2(5) (1983), o CIR conclui que o lauril éter sulfato de sódio e o lauril éter sulfato de amônio são seguros em concentrações até 50%;
5 - Com base nos dados apresentados acima, até o presente momento, não constam informações técnicas e científicas relativas ao potencial carcinogênico dos tensoativos lauril sulfato de sódio e lauril éter sulfato de sódio.
Sub-comissão/CTAC

E a espuma?

Deixei pro Dr. V. Bedin, com uma de suas matérias sobre o assunto:
A sensibilidade do usuário a produto cosmético pode ser até mensurada e tem um peso muito grande no mercado. A “análise sensorial” é um item de marketing freqüentemente aceito como fator muito importante. Neste ponto entra a espuma, que, apesar de não ter nenhuma importância no poder de limpeza do shampoo, tem apelo sensorial muito intenso. “Shampoo que não faz espuma, não limpa!” é o que se ouve com freqüência. Por isso um bom poder espumante é essencial para a venda do produto. A formação de espuma está ligada ao pH da solução, ao conteúdo de eletrólitos e da dureza da água. O poder espumante de um shampoo pode ser melhorado com a adição de vários componentes como a carboximetilcelulose, alcanolaminas e fosfatos.
O assunto não acaba, porque embora corremos atrás de produtos mais naturais e orgânicos a ANVISA não registra produtos assim, pois as plantas também tem sua toxicidade, e não há registros que comprovem sua eficácia, ou seja, entre espumas, surfactantes, e produtos de limpeza para o fio, ficam os que são comprovadamente sem problemas a saude do consumidor, tanto quanto seus benefícios em questão de higienização e tratamento.

Saiba Mais:
Beijos

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